terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Dicas de sites com temática inclusiva


OBJETOS DE APRENDIZAGEM

DISCIPLINAS

SITES SOBRE TECNOLOGIA ASSISTIVA
http://laramara.org.br/  ( Vende produtos de TA )
http://www.clik.com.br/  ( Vende produtos de TA )
http://www.aacd.org.br/ ( Vende produtos de TA )
http://intervox.nce.ufrj.br Projetos de acessibilidade
http://www.expansao.com/  ( Vende produtos de TA )
http://www.ortobras.com.br/ ( Vende produtos de TA )
http://www.nied.unicamp.br/ Núcleo de Informática Aplicada à Educação
http://www.newadapt.com.br/ mesas e cadeiras escolares
http://www.itaassistiva.com.br/  ( Vende produtos de TA )
http://www.fundacaodorina.org.br/  ( Vende produtos de TA )
http://www.tecnologiaassistiva.net/   ( Vende produtos de TA )
http://www.mnsuprimentos.com.br/menu/  ( Vende produtos de TA )
http://www.bengalabranca.com.br  ( Vende produtos de TA )

EDUCATIVOS
WWW.PROPROFS.COM/QUIZ-SCHOOL/STORY.PHP?TITLE=6-ANO-PROBLEMAS-COM-NSMEROS-NATURAIS

DISLEXIA

PCD EM GERAL
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12814&Itemid=872

www.pcdlegal.com.br (Cartilha sobre direitos do trabalhador)

Lista de sites que abordam o tema deficiência visual


VÍDEOS DIVERSOS
Documentário baseado na obra da Cristiana Soares. Inclusão em casos "severos".

Vídeos dos Programas Ser Diferente - Síndrome de Down.
http://www.youtube.com/watch?v=pms_sCdwMkk

Vídeo "Acessibilidade web: Custo ou Benefício?".

Vejam a excelente animação no EducaTube

Vídeo sobre telejornais e pessoas com deficiência auditiva.

Você sabe o que é o autismo?.

Menina autista expressando através do teclado


Alguns livros e pesquisas sobre Educação Inclusiva e sobre Tecnologia Assistiva para download gratuito:


Teófilo Galvão Filho
__________________
www.galvaofilho.net
"O PROFESSOR E A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: FORMAÇÃO, PRÁTICAS E LUGARES"
MIRANDA, T. G.; GALVÃO FILHO, T. A. (Org.) O professor e a educação inclusiva: formação, práticas e lugares. Salvador: EDUFBA, 491 p., 2012.
"PESQUISA NACIONAL DE TECNOLOGIA ASSISTIVA"
GALVÃO FILHO, T. A., GARCIA, J. C. D. Pesquisa nacional de Tecnologia Assistiva. São Paulo: Instituto de Tecnologia Social - ITS BRASIL e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI/SECIS, 68 p., 2012.
"AS TECNOLOGIAS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS"
GIROTO, C. R. M.; POKER, R. B.; OMOTE, S.. (Org.). As tecnologias nas práticas pedagógicas inclusivas. Marília/SP: Cultura Acadêmica, 238 p., 2012.
"EDUCAÇÃO INCLUSIVA, DEFICIÊNCIA E CONTEXTO SOCIAL: QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS"
GALVÃO, N. C. S. S.; MIRANDA, T. G.; BORDAS, M. A.; DIAZ, F (Org.). Educação Inclusiva, deficiência e contexto social: questões contemporâneas. Salvador: EDUFBA, 354 p., 2009.
"ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR"
PIMENTEL, S. C. (Org.). Estudantes com deficiência no ensino superior: construindo caminhos para desconstrução de barreiras. Cruz das Almas-Ba: NUPI/PROGRAD/UFRB, 2013.
"TECNOLOGIA ASSISTIVA"
COMITÊ DE AJUDAS TÉCNICAS/SDH/PR. Tecnologia Assistiva. Brasília: CAT/SDH/PR, 138 p., 2009.
"TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA UMA ESCOLA INCLUSIVA: APROPRIAÇÃO, DEMANDAS E PERSPECTIVAS"
GALVÃO FILHO, T. A. Tecnologia Assistiva para uma escola inclusiva: apropriação, demandas e perspectivas. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 346 p., 2009.
"TECNOLOGIA ASSISTIVA NAS ESCOLAS: RECURSOS BÁSICOS DE ACESSIBILIDADE SÓCIO-DIGITAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA"
Instituto de Tecnologia Social - ITS BRASIL (Org.). Tecnologia Assistiva nas escolas: recursos básicos de acessibilidade sócio-digital para pessoas com deficiência. São Paulo: ITS BRASIL, 62 p., 2008.
“INCLUSÃO DIGITAL E SOCIAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA”
GALVÃO FILHO, T. A.; HAZARD, D.; REZENDE, A. L. A. Inclusão digital e social de pessoas com deficiência. Brasília: UNESCO, 72 p., 2007.
“AMBIENTES COMPUTACIONAIS E TELEMÁTICOS NO DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS COM ALUNOS COM PARALISIA CEREBRAL”
GALVÃO FILHO, T. A. Ambientes computacionais e telemáticos no desenvolvimento de projetos pedagógicos com alunos com paralisia cerebral. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 178 p., 2004.
Conceito de Tecnologia Assistiva
Livro "Celebrando a diversidade".

http://www.planetaeducacao.com.br/portal/Celebrando-Diversidade.pdf
Cartilha de Sexualidade e deficiência Intelectual



Dicas de filmes sobre pessoas com deficiência

Pessoas com deficiência física
Meu Pé Esquerdo - História do escritor irlandês Christy Brown, com de paralisia cerebral, que aprende a pintar e escrever com seu pé esquerdo. https://www.youtube.com/watch?v=MsLh_rcp2TQ
Gaby - Uma História Verdadeira - A história de Gaby que escreveu um livro com o pé numa maquina de escrever elétrica. 1987.  https://www.youtube.com/watch?v=JSwOk92C9cs
Uma janela para o céu – Parte 1 https://www.youtube.com/watch?v=DdCzlt7ayOE
A Força de um Campeão - A luta e força de vontade de um rapaz de 18 anos contra a doença que o obriga a amputar a perna. https://www.youtube.com/watch?v=-qEtNNoaTTo
Murderball-Paixão e Glória – (Def. física) https://www.youtube.com/watch?v=ScwK1PWQwnE
Feliz Ano Velho - Narra história de um universitário que mesmo sendo mergulhador fica tetraplégico após um mergulho em um lago raso. https://www.youtube.com/watch?v=DwBzJilDW1c

Pessoas com deficiência Visual
A Cor do paraíso - História de Mohammad, um menino cego que mora numa escola para cegos e que, nas férias, volta para casa. http://www.youtube.com/watch?v=p1J8aI9UAvY
À Primeira Vista - Homem que ficou cego é convencido por Amy, que por ele se apaixona, a fazer um novo tratamento e ele recomeça tudo, reaprendendo a enxergar e a conhecer a força do amor.
Janela da Alma - Pessoas com deficiência visual contam como se veem, como veem os outros e como se relacionam com o mundo. 2002. https://www.youtube.com/watch?v=QnNziTqigG0
Luzes da Cidade - Carlitos apaixona-se por uma florista cega e se envolve nas trapalhadas buscando dinheiro para recuperar a visão da moça.  1931. https://www.youtube.com/watch?v=EH-24zIjOl4
As borboletas de Zagorisk - https://www.youtube.com/watch?v=KxEaHMxi7wE  Surdocega
Perfume de Mulher - O filme relata a história de um ex capitão do exército, cego e amargo, e sua relação de amizade com um jovem contratado para acompanhá-lo.  1992
Ray Charles (def. visual)
Vermelho como o céu - (def. visual).

Pessoas surdas
Adorável professor - Mr. Holland https://www.youtube.com/watch?v=dk3d-MaOhw4
Os Filhos do Silêncio - Professor de língua de sinais que se apaixona por uma surda que tem dificuldades de relacionamento com as pessoas. https://www.youtube.com/watch?v=WW53apLyw18
Branca de Neve em libras - http://www.youtube.com/watch?v=YUxRjfOkF-g
Chapeuzinho Vermelho em libras - http://www.youtube.com/watch?v=JuCVU9rGUa8

Pessoas com deficiência intelectual
A Maçã - Samira Makmalbaf - Irã/França, 1998. https://www.youtube.com/watch?v=buhLlfTVPwI
Forrest Gump - O Contador de Histórias - Quarenta anos da História dos EUA vistos pelos olhos de um rapaz com QI abaixo da média. Há também um amputado das pernas. 1994.
Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador - Gilbert sustenta a família desde a morte do pai. Sua mãe é obesa e seu irmão tem deficiência intelectual. 1993. https://www.youtube.com/watch?v=B_MilFu3-iE
garoto selvagem - https://www.youtube.com/watch?v=K6GZPuxuBTU
O Oitavo Dia - Empresário estressado, por pouco não atropela um jovem com Síndrome de Down. O empresário leva-o no seu carro e a partir daí nasce uma amizade entre os dois.
Sempre Amigos - A história da amizade dois meninos, um superdotado, com distrofia muscular e o outro grande e forte, mas pouco inteligente e sem amigos. 1998.
Simples como amar - Jovem com deficiência intelectual volta de uma escola especial, porém entra em conflito com sua mãe superprotetora. 1999. https://www.youtube.com/watch?v=cwGKAlSZ5CA
Uma Lição de Amor - Adulto com a idade mental de uma criança de sete anos foi pai solteiro de Lucy. Embora tivesse dificuldades, com a ajuda de amigos conseguiu fazer dos primeiros anos de vida de Lucy, uma infância repleta de amor e alegria.

Pessoas com autismo
Código para o inferno - https://www.youtube.com/watch?v=1-4GrvsXzAU (Autismo)
Enigma das cartas - https://www.youtube.com/watch?v=EnV7vva57QM (Autismo)
Meu Filho, Minha Vida - Documentário produzido como trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social, no ICESPhttps://www.youtube.com/watch?v=HzkLfZBFU6s
Nell - Nell foi criada sem nenhum contato com o mundo. É descoberta por um médico e uma psicóloga que tentam descobrir como foi sua vida até então. 1994.
Rain Man - Rapaz vai buscar irmão autista em asilo a fim de herdar a fortuna do pai sozinho. Os dois desenvolvem amizade no caminho de casa. Oscar de melhor filme, ator, direção e roteiro. 1988.

Altas Habilidades
Gênio Indomável - https://www.youtube.com/watch?v=A9A-9SEJqdM (Altas Habilidades)
A prova de fogo - https://www.youtube.com/watch?v=Z10Mh0GdzPg ( Menina CDF)
Sociedade dos Poetas Mortos - https://www.youtube.com/watch?v=rd0QCfFAO6w
Uma Mente Brilhante - Um gênio da matemática diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos que o tratam. Porém, após anos de luta para se recuperar, ele consegue retornar à sociedade e acaba sendo premiado com o prêmio Nobel. https://www.youtube.com/watch?v=iToNGBtepGg

Dislexia


Como Estrelas Na Terra - https://www.youtube.com/watch?v=b6J0CCuA11w

DATAS COMEMORATIVAS
Dia Internacional da Síndrome de Down – 21 de março.
Dia Mundial de conscientização do Autismo - 2 de abril.
Dia Nacional da Luta Antimanicomial – 18 de maio.
Semana Nacional do Excepcional - 21 a 28 de agosto.
Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência – 21 de setembro.
Dia Nacional do Surdo - 26 de setembro.
Dia do Deficiente Físico – 11 de outubro.
Dia Nacional dos Ostomizados – 16 de novembro.
Dia Municipal do Surdocego - Último domingo de novembro.
Dia Internacional das Pessoas com Deficiência - 3 de dezembro.

Dia Nacional do Cego - 13 de dezembro.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Professores de AEE recebem prêmios na abertura do ano letivo





A Secretaria de Educação realizou a IV edição do Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas - Aprendendo Com as Diferenças. O prêmio reconhece e valoriza o trabalho de profissionais do Atendimento Educacional Especializado (AEE), que se destacaram na realização de projetos com foco no desenvolvimento humano. A premiação aconteceu durante o evento de abertura do ano letivo, nessa quarta-feira (3) e contou com a presença do secretario Heitor Leite e o prefeito Júlio Lossio.
O prêmio instituído pela Secretaria Municipal de Educação tem por objetivo difundir experiências de inclusão escolar dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, matriculados nas escolas da Rede Municipal de Ensino, tendo como base a política nacional de Educação especial na perspectiva da educação inclusiva.
A professora Sandra Pereira Sena da Escola José Nunes Santana ficou em primeiro lugar, pela realização do projeto “Coadjuvantes dos verdadeiros protagonistas” e ganhou um Notebook. A segunda colocada foi Maria José Cavalcante da Escola Laurita Leda, com o projeto “Libras, uma nova forma de entender a vida” e recebeu um Tablet. A outra premiada foi Alexandra Alves de Souza da Escola José de Araújo, com o projeto “A sala de recursos de portas abertas”, contemplada com um Smartphone.
De acordo com a professora Maria José Cavalcanti Macedo que concorreu com o projeto Libras, uma nova forma de entender, classificado em segundo lugar: “Quando ouvimos falar em inclusão, imaginamos uma proposta ousada, significativa e cheia de barreiras. Quando passamos a fazer parte como um agente de inclusão, descobrimos quão grande e incansável descoberta. Um desafio sempre. Mas a certeza do dever cumprido me traz a paz. As minhas companheiras Luciana Amorim e Carmela Brito, meu abraço estaremos juntas sempre. A todos que fazem a Educação Inclusiva minha admiração. A escola Laurita Leda obrigada pelo apoio”.
Para a professora Alexsandra que apresentou o projeto A Sala de Recursos de Portas Abertas: “Não há palavras para expressar a minha gratidão a Deus por mais essa vitória. A minha família pelo apoio de sempre, a cada pessoa que gentilmente se alegrou comigo, aos meus queridos colegas das escolas José Araújo de Souza e José Martins de Deus e a equipe de trabalho do Núcleo de Apoio Psicopedagógico aos Portadores de Necessidades Especiais (NAPPNE).
A professora Adna Rodrigues, responsável pela área da Educação Inclusiva municipal, entregou oficialmente os prêmios juntamente com o prefeito e o secretário de Educação.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Educação de surdos do oralismo ao biliguismo


EDUCAÇÃO DE SURDOS DO ORALISMO AO BILINGUISMO: A REALIDADE DE PETROLINA

Maria do Socorro Araujo de Freitas

Fazendo um breve passeio pelas raízes da educação de surdos, podemos constatar que, desde os primórdios, é um tema que gera muita polêmica. A priori, tinha-se a visão de que as pessoas surdas não eram educáveis. Na Antiguidade, o filósofo Aristóteles julgou-as incapazes de razão, pois, se não falavam não tinham linguagem, tampouco pensamento. Esse veredicto de Aristóteles permaneceu por séculos sem que ninguém questionasse,  assim, tinham uma vida de negação e exclusão social. (DAMAZIO & ALVES, 2010, GUARINELLO, 2007, MAIA FILHO &VELOSO, 2010, PEREIRA et al., 2011).

Somente no século XIV surge a primeira alusão à possibilidade de instruir os surdos por meio da língua de sinais e da linguagem oral, feita pelo escritor Bartolo della Marca d’Ancona. Seria esse o impulso inicial para que o surdo pudesse ser notado como uma pessoa capaz de fazer discernimentos e tomar suas próprias decisões. (GUARINELLO, 2007, MAIA FILHO &VELOSO, 2010).

Ainda de acordo com os autores citados acima, outro avanço foi no século XVI, quando o médico e filósofo Girolano Cardano afirmou que era um crime não instruir os surdos, que esses podiam desenvolver a aprendizagem por meio da escrita e da língua de sinais.

Analisando o posicionamento de d’Ancona e Cardano, personalidades importantes para a educação de surdos, apesar dos dois mencionarem a língua de sinais, percebe-se então uma divergência, d’Ancona menciona também o uso da linguagem oral, enquanto Cardano sugere o uso da escrita. Posteriormente, várias pessoas começaram a se interessar pela educação de surdos e as divergências entre os que defendiam a oralização e os que defendiam o uso da língua de sinais foram ganhando território.

Ainda no século XVI, Pedro Ponce de Léon, um monge beneditino espanhol, foi considerado o primeiro professor de surdos, seu objetivo principal era ensinar os surdos a falar, pois, naquela época, apenas os surdos que aprendiam a falar tinham direito a receber as heranças. Segundo Guarinello (2007), seus alunos eram ensinados a falar, escrever, ler, fazer contas, orar e confessar-se pelas palavras, a fim de serem reconhecidos como pessoas nos termos da lei e herdar os títulos e as propriedades da família.

No século XVIII, aconteceu um grande impulso na educação de surdos, na França, o abade Charles Michel de L’Epée interessou-se pela instrução dos surdos sem posses, que viviam nas ruas de Paris. Com esses surdos, o referido educador aprendeu a língua de sinais e, para instruí-los, criou uma combinação da gramática da língua oral francesa com a língua de sinais, a qual ele denominou de “Sinais Metódicos”.  L’Epée obteve muito sucesso com o seu método, foi pioneiro a reconhecer que os surdos tinham uma língua e a fundar uma escola pública para surdos - o Instituto Nacional de Surdos-Mudos de Paris. Em tal instituto, foram formados vários professores surdos, entre eles, Fedinand Berthier, Laurent Clerc e Ernest Huet, personagens importantes na educação de surdos da França, Estados Unidos e Brasil, respectivamente.

De acordo com Strobel (2008), essa era uma fase de “Revelação cultural, nesta fase os povos surdos não tinham problemas com a educação. A maioria dos sujeitos surdos dominava a arte da escrita e há evidência de que havia muitos escritores surdos, artistas surdos, professores surdos e outros sujeitos surdos bem-sucedidos”.

Apesar da metodologia de L’Epée ter proporcionado grande desenvolvimento na educação de surdos, era criticada pelos oralistas. Guarinello (2007) afirma que

 O século XVIII foi considerado o período mais fértil da educação de surdos, além do aumento de escolas, a língua de sinais passou a ser usada por professores surdos. Se esse fato pode ser entendido como uma grande conquista, o mesmo não se pode dizer da concepção oralista, pois ela começaria a história de submissão coletiva dos surdos à língua majoritária dos ouvintes, então desaprovavam o uso da língua de sinais nas escolas.

Contemporâneo de L’Epée, o alemão Samuel Heinicke criou o método oral puro, um método que utilizava somente a comunicação oral na instrução dos surdos, julgando-a como o meio pelo qual os surdos melhor se integrariam na sociedade. As divergências entre oralistas e gestualistas foram ficando cada dia mais enfáticas e, pouco a pouco, o Oralismo foi ganhando força, o seu apogeu foi com o Congresso Internacional de Milão, em 1880, quando foi adotado como filosofia na educação de surdos, em detrimento da língua de sinais, que foi oficialmente proibida nas escolas, em consequência, os professores surdos foram afastados. Strobel (2008), afirma que ocorreu o Isolamento cultural: uma fase de isolamento da comunidade surda (...). Nesta fase, as comunidades surdas resistem à imposição da língua oral.

O Oralismo imperou por quase um século. Os aspectos relacionados à escolarização dos surdos foram relegados a segundo plano, dando ênfase à reabilitação, a cura da surdez, ou seja, os alunos tinham que aprender a falar e “ouvir” por meio da leitura labial, as escolas passaram a ser clínicas e os alunos pacientes. A maioria dos surdos se perpetuou na escola, no entanto, as respostas para a ocorrência desse fracasso não foram buscadas em propostas educacionais inadequadas, ou em não oferecer condições necessárias para os alunos surdos construírem o conhecimento, “mas foram justificadas como inerentes à condição da deficiência auditiva, e não como possibilidade diferenciada de construção gerada por uma forma de organização linguístico-cognitiva diversa”. (FERNANDES, 1998. P.163 apud GUARINELLO, 2007, p.56).

O fracasso do Oralismo deu espaço para uma nova filosofia, a Comunicação Total, que defendia o uso da fala, dos sinais, mímica, enfim, o uso de todos os meios de comunicação com o aluno surdo, contudo, o seu objetivo continuava sendo ensiná-lo a falar. A Comunicação Total de fato se caracterizava pelo uso simultâneo da língua oral e da língua de sinais, por serem línguas de modalidades e estruturas gramaticais diferentes, consequentemente, resultava numa comunicação truncada. Segundo Capovilla (2001), com a Comunicação Total, “as crianças estavam se tornando não bilíngues como se esperava, mas sim hemilíngues, por assim dizer, sem ter acesso pleno a qualquer uma das línguas, e sem conhecer os limites entre uma e outra”.

Notoriamente sem sucesso, a Comunicação Total cedeu espaço para uma nova filosofia, o Bilinguismo, que defende que a criança surda deve ter acesso à língua de sinais e à língua oral, mas não simultaneamente. Assim, a língua de sinais será a sua língua materna e a língua oral a segunda língua.

A EDUCAÇÃO DE SURDOS EM PETROLINA

As primeiras iniciativas de educação de surdos em Petrolina tiveram início na década de 1970, com a implantação de uma turma para alunos surdos, na Escola Dom Malan. De acordo com relatos de surdos que fizeram parte dessa turma, a filosofia adotada era o Oralismo, e ratificando os resultados, de um modo geral, em relação ao Oralismo, esses alunos também não obtiveram êxito na educação, não chegando a concluir nem o ensino fundamental. Certamente, esses dados estão relacionados à aquisição da linguagem, pois muitos surdos não tiveram acesso a língua de sinais, tampouco aprenderam a língua oral. Assumo com Capovilla, (2001) que

A falta de uma linguagem tem graves consequências para o desenvolvimento social, emocional e intelectual do ser humano. O valor fundamental da linguagem está na comunicação social, em que as pessoas fazem-se entender umas pelas outras, compartilham experiências emocionais e intelectuais, e planejam a condução de suas vidas e a de sua comunidade. A linguagem permite comunicação ilimitada acerca de todos os aspectos da realidade, concretos e abstratos, presentes e ausentes. Permite também reinventar o mundo cultural, para além da experiência física direta do aqui e agora.

Extinta a primeira turma, vieram a ser abertas novas turmas no final da década de 1980, em que já começava a adotar a filosofia educacional Comunicação Total, perdurando até o final da década de 1990, quando iniciou-se uma nova fase na educação de surdos à luz da filosofia do Bilinguismo. Frutos desse trabalho, hoje, vários profissionais surdos estão atuando na educação, nas redes estadual e municipal.

Atualmente, na rede estadual, a educação de surdos é oferecida em salas bilíngues para os alunos até o 5º ano do ensino fundamental, com a presença de um instrutor de Língua de Sinais Brasileira – Libras e uma professora bilíngue; a partir do 6º ano, são inseridos no ensino regular, em salas de ouvintes, com a presença do intérprete de Libras e, no contraturno, recebem o Atendimento Educacional Especializado, na sala de recursos. Na Rede Municipal, desde a educação infantil, todos os alunos são inseridos em salas regulares e recebem no contra- turno o Atendimento Educacional Especializado, oferecidos por uma professora bilíngue e um instrutor de Libras.

De acordo com Strobel (2008), na década de1960, iniciou-se uma nova fase para o renascimento na aceitação da língua de sinais e cultura surda. Após muitos anos de opressão ouvintista para com os povos surdos, a fase da Restauração cultural, de fato, foram muitas conquistas, contudo, a luta da Comunidade Surda por uma escola que atenda aos seus anseios ainda é constante. Uma verdadeira inclusão educacional para os alunos surdos requer mudanças curriculares e atitudinais que promovam a valorização da Língua de Sinais e da Cultura Surda.


REFERÊNCIAS

CAPOVILLA, F. C.; RAFHAEL, V. D. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue de Língua de Sinais Brasileira. Vol. II. São Paulo: EDUSP, 2001.



DAMÁZIO, M.; ALVES, C. Atendimento Educacional Especializado do Aluno com Surdez. São Paulo: Moderna, 2010.



GUARINELLLO, A. C. O papel do outro na escrita de sujeitos surdos. São Paulo: Plexus, 2007.



PEREIRA, M.C. et al. Libras: conhecimento além dos sinais. São Paulo: Pearson, 2011.



STROBEL, K. História da Educação de Surdos. Texto base do curso de Letras-Libras, Florianópolis: UFSC,2008.

VELOSO, E FILHO, V. M. Aprenda Libras com eficiência e rapidez. Curitiba, Mãosinais: 2010.



Maria do Socorro Araujo de Freitas

Especialista em Psicopedagogia - IBEPEX

Graduada em Pedagogia- UPE

Graduada em Letras- Libras –UFSC

Professora da Rede Municipal de Petrolina

Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano- Campus Petrolina

e-mail: freitasyfreitas@hotmail.com


Inclusão escolar



Inclusão escolar

Marineide Pequeno Ferreira Caiana¹
Rita de Cássia Alves Rodrigues²



No decorrer dos últimos cinco anos, observou-se que a educação inclusiva, no Brasil, vem avançando e se solidificando consideravelmente. Isto se deve tanto aos investimentos do governo em esferas federal, estadual e municipal, na formação continuada de professores, construção de salas multifuncionais e aquisição de materiais, quanto às pessoas comprometidas que abraçam esta causa e lutam por uma sociedade nas quais as diferenças sejam respeitadas e acolhidas.
A Política atual em Educação Especial, numa perspectiva inclusiva, objetiva orientar os sistemas de ensino para o acesso de todos à escola. É uma questão de direitos humanos, e os indivíduos com deficiência devem fazer parte das escolas, as quais devem modificar seu funcionamento para incluir todos os alunos. Assim está claramente definida pela Declaração de Salamanca/Espanha (1994, Conferência Mundial Sobre Educação Especial, UNESCO) que defende uma sociedade para todos, partindo do princípio fundamental de que todas as pessoas devem aprender juntos, independente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter.
A política de inclusão  dos alunos na rede regular de ensino que apresentam deficiência, não consiste somente na permanência física desses alunos, mas o propósito de rever paradigmas e concepções, respeitando e valorizando a diversidade desses alunos, exigindo que a escola defina a responsabilidade, criando espaços inclusivos. Assim, a inclusão significa que não é o aluno que se adapta à escola, mas a escola exercendo sua função, colocando-se à disposição do aluno.
As escolas inclusivas devem responder e reconhecer às diversas dificuldades de seus alunos, acomodando os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade para todos mediante currículos apropriados, modificações organizacionais, estratégias de ensino, recursos e parcerias com suas comunidades.   A inclusão, na perspectiva de um ensino de qualidade para todos, exige da escola novos posicionamentos que implica num esforço de atualização e reestruturação das condições atuais, para que o ensino se modernize e para que professores se aperfeiçoem, adequando as ações pedagógicas à diversidade dos aprendizes.
À guisa de introdução, pode-se dizer que a escola inclusiva é aquela que acolhe todos os alunos independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras, sendo o principal desafio desenvolver uma pedagogia centrada no aluno, uma pedagogia capaz de educar e incluir além dos alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, aquelas que apresentam dificuldades temporárias ou permanentes na escola, ela precisa estar atenta e solucionar também os problemas daqueles que estejam repetindo anos escolares, os que são forçados a trabalhar, os que vivem nas ruas, os que vivem em extrema pobreza, os que são vítimas de abusos, enfim os que estão fora da escola, ou os que apresentam altas habilidade/superdotação, pois a inclusão não se aplica apenas aos alunos que apresentam alguma deficiência.
Existem na política de inclusão educacional essas duas vertentes, a já citada, que em seu sentido mais amplo acolhe a diversidade, e aquela que se depara com uma escola pública historicamente a margem, da qualidade de recursos e instrumentos que viabilizem a prática pedagógica, de pessoas qualificadas e que em sua prática acompanhe e absorva os avanços científicos e tecnológicos.

Vamos deixar claro que a questão não está em recusar, a priori, tentativa de inserção dos excluídos na escola, mas, a nosso ver, é quase impossível, no momento que uma escola, seja qual for, dê conta de todo e qualquer tipo de aluno, como é o caso do deficiente mental, do surdo, da criança de rua ou do trabalhador rural. Para atender com dignidade aos que nela já estão novas iniciativas pedagógicas se fazem necessárias. (SOUZA, e GÕES, 1999, p. 168).

          Uma escola institucionalmente modificada, nova, renovada, seja qual for à nova denominação, mas que em seu papel acolha a diversidade é necessário a priori para que nela sejam atendidas as necessidades surgidas e propostas quando acolhida a inclusão. A práxis do professor destaca-se como tema crucial e, sem dúvida, uma das mais importantes dentre as políticas públicas para a educação, pois os desafios colocados à escola exigem do trabalho educativo outro patamar profissional, muito superior ao de hoje existente.
Ao reconhecermos a necessidade de uma nova prática pedagógica, esse pensamento nos remete a tendência do profissional em educação, sofrido com as mazelas de anos de tentativas frustradas em encontrar o caminho que possibilitará o ensino de qualidade, haja vista que não denota uma ação, mas um conjunto de ações, assim se refugia no impossível, considerando que a proposta de uma educação para todos é válida, porém utópica, impossível de ser concretizada com muitos alunos e nas circunstâncias em que se trabalha, hoje, nas escolas, principalmente nas redes públicas de ensino. Nesse sentido, a escola se constitui como espaço de acesso aos conhecimentos universais e sistematizados, ou seja, é o lugar que proporciona condições de se adquirir status de cidadão, identidade social e cultural.
Melhorar as condições da escola é formar gerações mais preparadas para viver a vida na sua plenitude, livremente, sem preconceitos, sem barreiras. Não podemos nos contradizer nem mesmo contemporizar soluções, mesmo que o preço que tenhamos de pagar seja bem alto, pois nunca será tão alto quanto o resgate de uma vida escolar marginalizada, uma evasão, uma criança estigmatizada, sem motivos.  Daí a inclusão escolar remete a escola a questões de estrutura e de funcionamento que subvertem seus paradigmas e que implicam em um redimensionamento de seu papel, para um mundo que evolui através de redes interligadas e emails.
O movimento inclusivo, nas escolas, por mais que seja ainda contestado, pelo caráter ameaçador de toda e qualquer mudança, especialmente no meio educacional, é irreversível e convence a todos pela sua lógica, pela ética de seu posicionamento social. A inclusão está denunciando o abismo existente entre o velho e o novo na instituição escolar brasileira, sendo reveladora dessa distância que precisa ser preenchida com as ações que relacionamos anteriormente. Assim sendo, o futuro da escola inclusiva está, a nosso ver, dependendo de uma expansão rápida dos projetos verdadeiramente imbuídos do compromisso de transformar a escola, para se adequar aos novos tempos.
Mas o que realmente diferencia em relação às atitudes dos professores é uma visão funcional do ensino, em que tudo o que ameaça romper o esquema de trabalho prático que aprenderam a aplicar em suas salas de aula é rejeitado. Também reconhecemos que as inovações educacionais abalam a identidade profissional, e o lugar conquistado pelos professores em uma dada estrutura ou sistema de ensino, atentando contra a experiência, os conhecimentos e o esforço que fizeram para adquiri-los. O educador é desestabilizado pelo desconhecido provocado e essa provocação o coloca em estado de inquietude, fazendo com que muitos rejeitem antes de conhecer.
A inclusão escolar tem sido mal compreendida, principalmente no seu apego a mudanças nas escolas comuns e especiais. Sabemos, contudo, que sem essas mudanças não garantiremos a condição de nossas escolas receberem, indistintamente, a todos os alunos, oferecendo-lhes condições de prosseguirem em seus estudos, segundo a capacidade de cada um sem discriminação nem espaços segregados de educação (ENSAIOS PEDAGÓGICOS, 2006, p. 21).

Assim sendo, a busca de maior igualdade entre os grupos vulneráveis abdica as iniciativas tendentes a garantir a igualdade legal entre todos os indivíduos. A relação entre o direito à igualdade de todos e o direito a igualdade, em respeito à diferença, no eixo do dever do Estado e do direito do cidadão não é uma relação simples. Assim, é preciso fazer a defesa da igualdade como principio dos direitos humanos, da cidadania e da modernidade.
A política de educação igualitária responde por uma escolarização em que os estudantes possuem os mesmos direitos, mas o mesmo não ocorre com o princípio da igualdade para com os estudantes com deficiência que não é visto a olho nu; enquanto que, a desigualdade, é fortemente perceptível no âmbito social. Dessa tensão, entre igualdade e diferença, nascem as políticas universalistas que por sua vez, dependem das opções dos governantes e cuja implementação deve contar com a crítica dos interessados.

A Constituição Federal determina que deve ser garantido a todos os educandos o direito de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, de acordo com a capacidade de cada um (art. 208, V) e que o Ensino Fundamental – completo – é obrigatório. Por isso, é inegável que as práticas de ensino devem acolher as peculiaridades de cada aluno, independentemente de terem ou não deficiência. (MEC/SEESP, 2007, 26).

No entanto, ainda se verifica que existem muitas confusões a respeito do que seja a inclusão e a quem se aplica. Ora ela é entendida como parte de um movimento mais amplo a favor da constituição de uma escola democrática e justa, que garanta acesso e permanência dos alunos em uma escola de qualidade, ora ela é vista como restrita a discussões sobre a integração de certos grupos em especial no sistema regular de ensino, como por exemplo é o caso das pessoas com deficiência.
Ao discutir as implicações educacionais em relação às políticas educacionais inclusivas, temos como objetivo alertar educadores para o fato de que o processo de inclusão está apenas começando a ser posto em prática no campo da educação e que reformas e transformações profundas, tanto no plano pessoal quanto no plano político e social, são necessárias se não quisermos pôr a perder a possibilidade de transformar nossas escolas em espaços  mais justos, abertos a todos e oferecendo, eficaz e efetivamente, uma educação diferenciada e de qualidade.
Tomar a diversidade como foco, é lançar um olhar sobre a percepção social da diferença, não o olhar tosco do preconceito, mas o olhar da identificação de que não existem seres iguais, e sim que, nesses desiguais um universo de possibilidades, sem claro deixar de observar características grupais, que por muitas vezes denotam de cultura.
A escola nesse universo de diversidade precisa atender as especificidades de seus alunos. Como fazer isso sem ser excludente?
Historicamente sujeitos tidos como diferentes geram impactos no olhar do outro que se acha, ou que se diz em padrão e ou imbuído de parâmetros de normalidade. Bem comuns são os olhares de comiseração, movimento de cunho filantrópico e assistencialista, pouco ou nada emancipatórios. O  desafio proposto é o de transitar entre a diversidade, acolher realmente as diversas formas de aprender, não mais acolher a um grupo semelhante e deixar indivíduos que a eles não se enquadram a margem da educação.
Sujeitos aprendem no cotidiano e no decorrer de suas experiências e vivências, se a escola viabiliza todas as trocas como espaço de construção de conhecimento está no caminho para ser de fato uma escola inclusiva.

A inclusão é um desafio que, ao ser devidamente enfrentado pela escola comum, provoca a melhoria da qualidade da educação básica e superior, pois para que os alunos com e sem deficiência possam exercer o direito à educação em sua plenitude, é indispensável que essa escola aprimore suas práticas, a fim de atender às diferenças. Esse aprimoramento é necessário, sob pena de os alunos passarem pela experiência educacional sem tirar dela o proveito desejável, tendo comprometido um tempo que é valioso e irreversível em suas vidas: o momento do desenvolvimento. (MEC/SEESP, 2007, p. 41).

A transformação da escola não é, portanto, uma mera exigência da inclusão escolar de pessoas com deficiência e/ou dificuldades de aprendizagem. É um compromisso inadiável das escolas, que terá a inclusão como consequência. O nosso sistema educacional ainda está longe de se tornar inclusivo. O que existe em geral são escolas que desenvolvem projetos de inclusão parcial, os quais não estão associados a mudanças de base nestas instituições e continuam a atender aos alunos com deficiência em espaços escolares semi ou totalmente segregados. As escolas que não estão atendendo alunos com deficiência em suas turmas de ensino regular se justificam, na maioria das vezes, pelo despreparo dos seus professores para esse fim. Existem também as que não acreditam nos benefícios que esses alunos poderão tirar da nova situação, especialmente os casos mais graves, pois não teriam condições de acompanhar os avanços dos demais colegas e seriam ainda mais marginalizados e discriminados do que nas classes e escolas especiais. Em ambas as situações ficam evidenciadas a necessidade de se redefinir e de se colocar em ações novas alternativas pedagógicas, que favoreçam a todos os alunos, o que implica na atualização e desenvolvimento de conceitos e em práticas escolares compatíveis com esse  desafio. Mudar a escola é enfrentar uma tarefa que exige trabalho em muitas frentes.




REFERÊNCIAS


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1-Marineide Pequeno Ferreira Caiana -  Pedagoga e Especialista em Atendimento Educacional Especializado –AEE-UFC-CE
                                                                 Professora de Atendimento Educacional Especializado/ Petrolina-PE  e Juazeiro-BA

2- Rita de Cássia Alves Rodrigues -  Pedagoga e Especialista em Pesquisa em Educação- UNEB-BA
                                                           Professora de Atendimento Educacional  Especializado – AEE/Petrolina-PE e Juazeiro-BA